Embebidos com as palavras de Clarice fomos para o espaço cênico (?).
Corpo sensível.
Dois “atores”, um caderno, uma caneta, um rabo, um óculos, uma rosa, um sapo, uma bandana, duas cadeiras, quatro casais e só. Só? O suficiente para expressar um depoimento pessoal.
Como não refletir após?
Como não ter vontade de deixar cair algumas lágrimas, seja da “emoção” de ter compartilhado, seja da tristeza por se achar tão patético.
Sou ser humano, mas o que de fato é ser humano.
Minha arte é minha vida. Seria mais fácil se eu fosse separada.
Minha vida é uma criação, como os casais que eu (re)crio.
Isso é tão confuso que as palavras não darão conta. Como a Clarice conseguiu?
Já chega.
Às vezes me ponho a pensar: será que o mundo se transformou mesmo num coletivo de rinocerontes e eu só percebi agora? Ou somos nós que queremos ser demasiadamente humanos?
Mas o que é ser humano?
Estou/sou viva e quero falar!!
Alice Nascimento
07/09/2009
Nenhum comentário:
Postar um comentário