Hoje. Dia em que o Sapo completa mais um ano de vida. A querida Bela toda esperançosa preparou as melhores palavras que tinha em sua caixinha e as deu de presente. Não conseguiu proporcionar uma experiência sensível, nem o mínimo de poesia necessária circundou esse web encontro que há tempos não se repetia. Pelo contrário, suas palavras foram consumidas assim como qualquer outra coisa que ele pudesse receber nesse dia. Parou por uns (longos) instantes em frente à tela, esperava uma resposta. Não veio. E ela que precisava voltar ao seu (não metafórico) sono saiu, tendo que se sentir satisfeita com um simples obrigado. Ela queria mais o quê?
=/
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Carta ao sapo...
Poderia ela escrever páginas e páginas de muitas palavras (acredite, ela teria milhares), porém desistiu, não por achar que as palavras não dariam conta, mas por não saber qual o seu objetivo com aquilo e se realmente o soubesse seria somente mais uma de suas milhares de idealizações. Acreditara que somente palavras bem escritas poderiam mudar a situação em que se encontrara. Mas após um longo período de reflexão viu que era somente mais uma possibilidade, uma tentativa que poderia ser frustrada como todas as outras.
Desistiu. Não de escrever, mas desistiu de querer algo que nunca existiu e nunca poderia existir naquelas circunstâncias.
A carta antiga? Não a rasgou, nem nada, virou a página do caderno e deu inicio a uma nova carta. Agora só queria deixar suas palavras marcadas.
Ela nutria um desejo grande de que ele não rasgasse e nem amassasse essa carta. Pois acreditara que “palavras nunca são descartáveis e que o desenho da letra é sempre uma extensão da pele”.
Escreveu... Escreveu... Escreveu...
Parou de escrever, pois teve medo de suas palavras, havia mergulhado em si mesma já que não saberia escrever sobre ele e o mar aparentemente conhecido se tornou cada vez maior e assustador. Sim, ela era covarde. Mas isso não a entristeceu de início, pois afinal quem não tem medo do desconhecido?
Continua...
Alice Nascimento?
Desistiu. Não de escrever, mas desistiu de querer algo que nunca existiu e nunca poderia existir naquelas circunstâncias.
A carta antiga? Não a rasgou, nem nada, virou a página do caderno e deu inicio a uma nova carta. Agora só queria deixar suas palavras marcadas.
Ela nutria um desejo grande de que ele não rasgasse e nem amassasse essa carta. Pois acreditara que “palavras nunca são descartáveis e que o desenho da letra é sempre uma extensão da pele”.
Escreveu... Escreveu... Escreveu...
Parou de escrever, pois teve medo de suas palavras, havia mergulhado em si mesma já que não saberia escrever sobre ele e o mar aparentemente conhecido se tornou cada vez maior e assustador. Sim, ela era covarde. Mas isso não a entristeceu de início, pois afinal quem não tem medo do desconhecido?
Continua...
Alice Nascimento?
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
do verbo colorir.
como se eu fosse uma folha de papel
e como se você fosse giz de cera
você me risca
me pinta
me borra
fico colorido
todo
cheio de cores
atravessando o corpo
da pele
da carne
do osso
os azúis, os vermelhos e os verdes
os amarelos, os marrons e os laranjas
entram pelos olhos
pelos poros
pela boca
e eu deixo de parecer um filme antigo para dar lugar às explosões do cinema moderno
Carlos Alberto Moreno
e como se você fosse giz de cera
você me risca
me pinta
me borra
fico colorido
todo
cheio de cores
atravessando o corpo
da pele
da carne
do osso
os azúis, os vermelhos e os verdes
os amarelos, os marrons e os laranjas
entram pelos olhos
pelos poros
pela boca
e eu deixo de parecer um filme antigo para dar lugar às explosões do cinema moderno
Carlos Alberto Moreno
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